Hebraica volta ao futsal com elegância

Tradicional no esporte, equipe da comunidade judaica reestreia após doze anos afastada

 

           Há muito tempo que não se ouvia falar em Hebraica no futsal carioca. Houve, sempre, muita expectativa pelo retorno às quadras de um dos mais tradicionais clubes do Rio de Janeiro e do Brasil, no que se refere à modalidade. Eis que esse ano o Hebraica, através de seu presidente, Luiz Maerovitch, decidiu pela volta ao esporte, que já foi prática comum no clube do bairro das Laranjeiras. A tradicional equipe da Zona Sul carioca finalmente volta ás quadras de futsal da Cidade Maravilhosa.

Hebraica voltou ao futsal após doze anos afastado (Thiago Manga/SLFR)

               Na hora da decisão por quais campeonatos disputar, Maerovitch conta porquê escolheu a Super Liga Futsal Rio. "O fator decisivo para a escolha, sem dúvida, foi o fato de a SLFR ter proposto a regra que faz com que todos os atletas tenham que participar.", afirma o presidente. Nos campeonatos do Módulo I (sub-09, 11 e 13), o primeiro tempo é dividido em dois, e em cada metade os clubes tem que usar jogadores diferentes em todas as posições. "Isso é muito bom, porquê todos tem que se ajudar, gera um companheirismo grande entre as crianças. E todos os pais ficam felizes, pois seus filhos, em qualquer estágio de aprendizagem, sempre participam dos jogos. Foi uma excelente ideia, e o Hebraica acreditou nela.", conclui o dirigente.

Regras da Super Liga Futsal Rio animaram o presidente do clube, Luiz Maerovitch

          O Hebraica ofereceu também suas instalações para os Torneios Início da SLFR. E o primeiro foi dia 17 de março, na categoria sub-09. Torneio esse que o Hebraica participou. E na volta a uma competição de futsal após doze anos afastado, saiu como vice-campeão. Na final, vencia por 3 a 2 até o fim da partida, mas acabou levando a virada do campeão SESI/Volta Redonda, e perdeu por 4 a 3.

Campeão e vice se cumprimentaram após a final (Thiago Manga/SLFR)

          O ápice da campanha foi na semifinal. Classificado após vencer a Rocinha por 5 a 2, enfrentou o favorito Grajaú Country. E aplicou uma goleada histórica de 5 a 1, surpreendendo a todos. Um dos destaques da equipe no torneio foi Michel Cohen. O camisa 10 e capitão da equipe teve grande atuação na final, quando fez o gol que seria o do título, há dois minutos do fim. Não fosse a virada, Michel seria agora o único capitão a levantar uma taça de campeão de futsal pelo Hebraica na última década.

Atletas receberam medalhas comemorativas (Thiago Manga/SLFR)

          Aline Cohen, mãe da jovem estrela, elogiou a organização do torneio pela SLFR. "Muito legal, bem organizado", disse Aline, que contou que Michel não é o único jogador na família. "O Michel joga desde bebê, por influência dos irmãos. O Rodrigo e o Eduardo jogam no sub-11", explicou a fã número um do trio de jovens craques.

Michel Cohen e presidente do Hebraica, Luiz Maerovitch (Thiago Manga/SLFR)

          Por fim, Luiz Maerovitch acrescentou que a filosofia do clube está focada na base. "O Hebraica já revelou jogadores do quilate do Juan, da Roma (ITA), por exemplo. Além do Michelzinho, que é nosso camisa 10, acabamos de descobrir um garoto bom de bola. Não estava jogando em nenhuma equipe, e foi destaque no Torneio Início. A tradição que queremos resgatar é de formação de atletas.", finalizou o presidente da equipe.

          Tradição essa que começa a ser reescrita na Super Liga Futsal Rio.

Thiago Manga
Assessoria de Imprensa – Super Liga Futsal Rio